É que estou farto da versão cliché “Não dês o
peixe, dá a cana e ensina a pescar”! Acho até que a maioria das pessoas que
utiliza esta frase não sabe a diferença e mantêm-se na espuma das ondas.
O problema principal é Solidariedade e
Assistencialismo são filhas da mesma mãe, mas uma é bastante mais preguiçosa
que a outra.
Numa família em que um dos filhos trabalha e
ganha 900€/mês e o outro não faz nada e pede regularmente ajuda à mãe, o que
deve a mãe fazer? Ser solidaria ou assistencialista?
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Hipótese A – a mãe recebe do primeiro filho e entrega deixa ficar o trabalhador com 800 e dá 100€ ao outro.
- Hipótese B – a mãe a recebe do primeiro filho os 900€ e divide 450€ por cada um.
A hipótese B é Assistencialismo porque dá o exemplo ao irmão preguiçoso que não vale a pena trabalhar porque no final ganha sempre o mesmo.
A Solidariedade é um valor nobre, que
responsavelmente promove a igualdade e tenta diminuir as diferenças entre as
pessoas. O Assistencialismo promove o sentimento de injustiça
e desestimula os melhores, muitas vezes criando ambientes de separatismo entre
classes e regiões.
Por isso, na próxima vez que for confrontado
com o tema ou com uma emergência social, não deixe de ajudar, mas lembre-se de
tentar que o sujeito alvo de solidariedade faça por si só e que tente a
recuperação social.
Mais do que uma questão de moralidade é uma questão
de modelo de sociedade que podemos ajudar a construir.
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