sábado, 11 de abril de 2009

Haja memória...

Num mundo em constante mudança, temos de saber perdoar. Mas perdoar não significa esquecer e eu não me esqueço.

Escrito por Fernando Freire de Sousa, marido de Elisa Ferreira, em Agosto de 2004:

José Sócrates tem razão: só por má fé se pode dizer que ele é igual a Santana!
Senão vejamos, começando pelo mais recente: seria Santana capaz de assinar um artigo como o publicado pelo Público (2/8/04) sob o título "Um plano tecnológico para uma alternativa"? A resposta só pode ser negativa, não porque Santana não seja homem para ler artigos que outros lhe escrevem - ao que dizem alguns articulistas, tal terá sido o caso do discurso de posse -, mas por duas outras ordens de razões: (i) Santana, com todos os seus defeitos, é um político espontâneo e descontraído enquanto Sócrates, com todas as suas virtudes, é um produto programado e tenso; (ii) Santana, com toda a sua demagogia, tem alguma noção da sua impreparação e limites enquanto Sócrates, com toda a sua ambição, não regateia o uso do inacreditável para lhe servir os fins.

Não sei que instintos de ferocidade poderão ser despertados por esta prosa no único ministro entertainer da nossa história. Como não sei que renovação se fará com base numa liderança sem rumo e sem mundo, em apelos a uma abertura à sociedade que um aparelho anquilosado e cheio de vícios e artimanhas não consentirá ou meramente instrumentalizará, na repetição de métodos insuportavelmente gastos e no desfile das caras já grotescas de inúmeros caciques partidários e "cromos" locais, em compromissos inexplicáveis e contra-natura assumidos com amigos de ocasião ou companheiros de ressabiamento.
http://manuelalegre.weblog.com.pt/arquivo/2004/08/socialites.html

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