Porto Urgente

Muitos programas esta câmara lança na cidade, Porto com Pinta, Porto Feliz, Porto Interactivo, Porto de Futuro, mas há um que a rede social anda longe, é o Porto Urgente!

Sim Porto Urgente porque a realidade social tripeira está a degragadar-se diariamente, porque cada vez há mais pobres, desalojados, desempregados, desapoiados, enfim, está a dar sinais de uma explosão social escondida que mais tarde ou mais cedo poder rebentar.

É também por isso que sou crítico desta gestão camarária, porque Rui Rio simplesmente não sabe, não vê e não quer ver. Esta cegueira autárquica desprotege os cidadãos que nada têm deixando aberta a porta do Roubo, da Droga e da Prostituição.

Poderiamos reflectir mas então porque é que o governo não actua? Pois, mas a realidade é que o governo faz o melhor que pode, a ver pelo maior numero de sempre de pessoas com o Rendimento Social de Inserção(RSI). Pela distância que naturalemente o governo não pode evitar, este não pode fazer mais, agora as autarquias pela sua proximidade social devem compensar a distancia do governo com politicas de regulação de atribuição de RSI, com politicas de promoção de emprego e de investimento, com politicas sociais radicais que evitem o “deixar cair ao tapete”.

Para mim o Porto começa a “deixar cair o tapete”, dou-vos três sinais que me fizeram reflectir isto:
1º Em S.Pedro/Azevedo de Campanhã (onde moro), nunca vi tanta gente a beneficiar de RSI’s com rendas pagas pela segurança social, a viver de estado sem qualquer tipo de incentivo à procura de emprego ou à formação.

2º Já conhecia um caso de uma família que diariamente ia abastecer garrafões de cinco litros de água ao fontanário, hoje assisti a dois homens a encherem quatro garrafões de agua do lago da praça dos Poveiros.

3º Ontem assisti a um vídeo gravado há menos de um ano, na rua do Heroísmo no Porto. O espancamento mais brutal que já assisti. Não aconselho a visualização do vídeo aos mais sensíveis.

O Porto não pode estar bem… é urgente reverter desta situação. Não podemos ficar indiferentes.